domingo, 4 de junho de 2017

Semana "Monteiro Lobato" na Escola PEI José Augusto Ribeiro







Monteiro Lobato (1882-1948) foi um escritor e editor brasileiro, um dos maiores autores de histórias infantis.
Como escritor literário, Monteiro Lobato situa-se entre os autores regionalistas do Pré-Modernismo e destaca-se no gênero conto.
O universo retratado geralmente são os vilarejos decadentes a as populações do Vale do Paraíba, quando da crise do plantio do café.

Monteiro Lobato foi um contador de histórias, preso ainda a certos modelos realistas. Dono de um estilo cuidadoso, não perdeu a oportunidade para criticar certos hábitos brasileiros, como a cópia de modelos estrangeiros, nossa sobrevivência ao capitalismo internacional etc.
Sua ação, além do círculo literário, como intelectual polêmico se estende também ao plano da luta política e social. Moralista e doutrinador, aspirava o progresso material e mental do povo brasileiro.
Com a publicação de “O Escândalo do Petróleo” (1936) denuncia o jogo de interesses que envolvem a extração do petróleo e o envolvimento das autoridades brasileiras com os interesses internacionais. Em 1941, já durante a ditadura de Vargas, foi condenado a seis meses de detenção, acusado de ataques ao governo.
Apesar de sua abertura ideológica, do ponto de vista artístico mostrou-se conservadorquando começaram a surgir as primeiras manifestações modernista em São Paulo.
Ficou famoso o seu polêmico artigo intitulado “Paranoia ou Mistificação?”, publicado no Jornal O Estado de São Paulo em 1917. Nele Lobato criticou a exposição de pintura expressionista de Anita Malfatti, considerando seu trabalho resultado de uma deformação mental.

Biografia de Monteiro Lobato

Monteiro Lobato nasceu em Taubaté, São Paulo, no dia 18 de abril de 1882. Desde menino já mostrava seu temperamento irrequieto.
Com 13 anos foi estudar em São Paulo. Registrado José Renato Monteiro Lobato, resolveu mudar de nome, pois queria usar uma bengala, que era de seu pai, que havia falecido em 1898.
A bengala tinha as iniciais J B M L gravadas no topo do castão, então mudou de nome, passou a se chamar José Bento, assim suas iniciais ficariam iguais às do pai.
Em 1904 formou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo. Nesse mesmo ano voltou para Taubaté onde conheceu Maria Pureza Natividade, com quem se casou um ano depois de ser nomeado promotor público na cidade de Areias, em 1907.
Nessa época pintava e escrevia artigos para os jornais do Rio, Santos e São Paulo. Mais Tarde escreveu “Cidades Mortas”, livro que retrata a agonia da cidade quase abandonada. Ficou em Areias até 1911, quando morreu seu avô o Visconde de Tremembé, deixando-lhe de herança uma fazenda em Taubaté, para onde se mudou.
Em 1917, vende a fazenda e muda-se para Caçapava. Nessa época dedica-se definitivamente à literatura e funda a revista Paraíba, fechada em seguida. Muda-se para São Paulo, colabora com a Revista do Brasil, transformando-a em um núcleo de defesa da cultura nacional.
Funda a gráfica Monteiro Lobato, encerrada em 1924, a Companhia Editora Nacional, vende sua parte em 1927, e a Editora Brasiliense, em sociedade com amigos. Nesse mesmo ano foi nomeado adido comercial do Brasil em Nova Iorque, no governo de Washington Luís.
Entre 1946 vai morar na Argentina, onde estabelece também uma editora o Editorial Acteón. Em 1947 volta para São Paulo, vindo a falecer, no dia 5 de julho de 1948.

Obras e Personagens

Sítio do Pica-pau-amarelo

É uma obra composta por uma série de livros, tendo sido o primeiro deles “Reinações de Narizinho”.
Monteiro LobatoIlustração original de Manoel Victor Filho
Nessa história, cujos personagens ficaram conhecidos por várias gerações de crianças, de vários países e chegaram à televisão brasileira, na década de 60, com o seriado “O Sítio do Pica-pau Amarelo”, Lobato aproveita para transmitir às crianças valores morais, conhecimentos sobre nosso país, nossas tradições etc.
Dentre as personagens mais conhecidas, temos:
  • Narizinho é a menina de nariz arrebitado, cujo nome é, na verdade, Lúcia. A neta de D. Benta tem uma boneca - Emília, com quem adora conversar.
  • Pedrinho é primo de Narizinho e neto de D. Benta. O menino de dez anos vive na cidade e nas férias vai sempre para o sítio.
  • Emília é uma boneca de pano que fala, de personalidade forte, é a melhor amiga da sua dona Narizinho.
  • Dona Benta é a dona do sítio do Pica-pau amarelo. Adora crianças, bem como adora lhes contar histórias.
  • Tia Anastácia é a empregada do sítio e cozinha muito bem. Também gosta muito de contar histórias e fazer biscoitos de polvilho. Foi ela quem costurou Emília.
  • Visconde de Sabugosa é feito de sabugo de milho. É um estudioso que sabe muitas coisas e é também bastante atrapalhado. Está sempre na biblioteca ou no laboratório, que fica no porão da casa do sítio. Inventou o pó de pirlimpimpim.
  • Cuca é a personagem má. É uma bruxa com aparência de jacaré que vive amedrontando as pessoas. É também uma personagem do nosso folclore.

Jeca Tatu

Com esse seu personagem do livro Urupês - um tipo caipira acomodado e miserável, Lobato critica a face de um Brasil agrário, atrasado, cheio de vícios e vermes.
Com barba por fazer, de pés descalços, é um homem bastante pobre, desanimado e aparentemente preguiçoso, que vive com a mulher, dois filhos e é sempre acompanhado pelo seu cão.
Mais tarde, se descobriu que Jeca Tatu tinha amarelão e, assim, que vivia sem vontade de trabalhar e desanimado em consequência da doença.
Após ser tratado, é curado da doença e prospera na vida se tornando um grande fazendeiro.
As obras que mais se destacam:
  • Urupês, em 1918
  • O Saci, literatura infantil, 1921
  • Narizinho arrebitado, em 1921
  • O Marquês de Rabicó, literatura infantil, 1922
  • Peter Pan, literatura infantil, 1930
  • Reinações de Narizinho, literatura infantil, 1931
  • Caçadas de Pedrinho, em 1933
  • Emília no País da Gramática, literatura infantil, 1934
  • Histórias de Tia Nastácia, literatura infantil, 1937
  • O Pica-pau Amarelo, literatura infantil, 1939

Homenagens

Por ser um dos primeiros escritores de obras infantis do Brasil e da América Latina, o dia do seu nascimento - 18 de abril, conhecido como o Dia de Monteiro Lobato é também o Dia Nacional da Literatura Infantil.
A Vila do Buquira, para onde Monteiro Lobato foi viver e onde escreveu conhecidas obras, recebeu o seu nome; hoje a cidade se chama Monteiro Lobato. A fazenda, herança do seu avô, situada nessa cidade passou a ser chamada Sítio do Pica-pau Amarelo, sendo atualmente visitada por diversos turistas.

Conhecidas frases de Monteiro Lobato

  • “Um país se faz com homens e livros.”
  • “Jeca Tatu não é assim, ele está assim.”
  • “Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê.”
  • “Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar.”
  • “A mim me salvaram as crianças. De tanto escrever para elas, simplifiquei-me.”

Texto retirado do site:
https://www.todamateria.com.br/monteiro-lobato/



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